Ramirezi

Papiliochromis ramirezi 

Este é um macho.

Este é uma cria com cerca de1 mês.
Resumo sistemático: Família: Ciclídeos; Género: Papiliochromis; Espécie: ramirezi. Nome científico: Papiliochromis ramirezi (Myers e Harry, 1948). Etimologia: combinação de Papilio (Lepidoptera) e Chromis antigo género dos Ciclídeos, Ramirezi em honra de Manuel Vicente Ramirez. Sinónimos principais: Apistogramma ramirezi, Myers e Harry, 1948 (1ª descrição), Microgeophagus ramirezi, Klee 1971. Nomes comuns: Apisto ramirezi, Ciclídeo borboleta, Ramirezi.
Distribuição geográfica: Rio Guarrojo, R Yucao (Colômbia), R Meta, R Oretuco (Orinoco), R Mamoré (Bolívia).

Comportamento: Comportamento geral: similar a outros Ciclídeos anões neotrópicos. Tranquilo, mas escava buracos no solo. Pode cohabitar com espécies assustadiças como os Caracídeos e Nanostomídeos em aquários grandes. Espécie territorial para a qual a superfície no chão deverá corresponder ao número de indivíduos: 6 a 7 exemplares para um aquário de 100 a 150 litros. Num aquário mais pequeno as ‘fricções’ são contínuas já que os diversos ocupantes terão dificuldade em delimitar o seu território. A formação de casais diferente da dos Apistogramma (polígamos), a partir de 6 a 7 sub-adultos. Desova em substrato descoberto, guarda os ovos e os alevins, tanto o macho como a fêmea.

Descrição: Corpo ovalado, ligeiramente alongado e comprimido lateralmente, boca sub-terminal. Barbatana dorsal regular a partir da 4ª espinha, sendo esta mais longa e terminada em filamento nos machos. Caudal arredondada. Coloração: cabeça esverdeada a alaranjada, passando a amarela sobre o opérculo e a garganta. Vermiculuras azul metálicas sobre a face e o opérculo. Barra negra atravessa o olho. Flanco cinza amarelado, com uma série de pontos azul metálico ao longo do seu comprimento. Mancha negra médio dorsal. Barbatana dorsal translúcida com reflexos amarelos, com pontos azuis e marginada de vermelho. As 3 primeiras espinhas da dorsal são negras. Peitorais amareladas, ventrais vermelhas, 3º raio azulado. Dicromismo sexual: Macho: espinha da dorsal geralmente mais curta, região ventral avermelhada, primeiro raio das ventrais negro. Tamanho: Macho 7cm, Fêmea de 5 a 6cm.

Manutenção em aquário: Aquário espaçoso adequado à espécie (mínimo 100 litros). Substrato de areia fina (granulometria de 0,5 a 1,5mm). Decoração composta por algumas rochas lisas e planas, raízes, plantado com espécies neotrópicas dos géneros Echinodorus e Cabomba. A luz será difusa, dando o ‘grolux’ um maior realce ao colorido desta espécie. Água: pH 6,5 a 6,8; THf: 8 a 13º; Temperatura: 27º a 30ºC; Condutividade: 150 a 200µS/cm. Uma excelente filtragem biológica (e lembro aqui o sera siporax). A mudança de água hebdomadária, ou seja semanal, é obrigatória, pois é uma espécie que reage muito mal aos Nitritos.

Doenças – Alimentação: A pequena boca do P. Ramirezi pede pequenas presas ao seu tamanho. Prefere alimento vivo como os Cyclops, larvas de mosquito (sera fd bloodworms), Artemia adulta, o Tubifex é muitas vezes rejeitado e lembro o sera vipan, o sera san e o sera microgran. Extremamente sensível à temperatura se inferior a 26ºC e a água dura.

Reprodução: Logo que se forma o casal, torna-se evidente que os dois nunca se separam. Os preparativos do acasalamento consistem em escavar ligeiras depressões no substrato, seguido da limpeza do local para desova (um pedra plana). Os ovos relativamente grandes, ambreados, são postos em séries de 5 a 6 e fecundados de imediato pelo macho. A desova é compacta e vigiada pelos pais. Os ovos eclodem em 2 dias, os alevins são deslocados para as depressões. Estes nadarão livremente passados 4 dias a 30ºC. As primeiras desovas não são sempre bem sucedidas devido ao estado de ansiedade dos pais que os podem comer. O primeiro alimento deverão ser náuplios de Artemia recém nascidos. O crescimento é rápido. Separar os alevins da mãe ao fim de cerca de 1 mês. Logo que ela reaja à presença deles o que a leva a caçá-los ou comê-los.

Texto: Robert Allgayer; Fotos: Sofia Almeida
Tradução e adaptação: Mário d’Araújo